quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Órbita

Órbita, é disso que preciso
De hora certa e lugar
Afeto, não mais me importa
E em desamor só vejo soma
Das lembranças de muita paixão

Preciso de órbita
No meu relógio, no meu espelho
Vou em busca de um cólera
Forte o bastante
E tão imensamente cego, surdo
(desprendido de valores tão inúteis)
Pra na órbita de meu tempo
Poder adentrar

Desencarno-me em vão
fujo de emoção
e remeto-me a ela
por ser meu único leitor

Na minha inquietude, enxergo-me
(Flutuando na atividade atmosférica
De uma solidão triste)
Somente quieto
E tão somente

De imediato,
Vinte e muitos
Nem de longe “sem horário nem regra”

Muito sofrida vida minha,
Que ostento em meu jovem olhar
Dê-me uma órbita pra entrar

Pois é impressionante
Como o sentido
Pode ter tantos sentidos diferentes

Vieira Hartmann

Um comentário:

  1. Rose, como eu sou o primeiro a postar um comentário, parabéns pelo blog. continue escrevendo e postando, sem essa coisa de vergonha...

    abraço

    Dani

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