sábado, 12 de março de 2011

O eco reverbera suas minhas orações, voz que atenua
o que gravo nas minhas suas anotações. Vã ilusão sua
minha opção, de ficar sobre nossos alheios patamares,
de sujar limpar o chão da chuva de outros lares.
Pois é mesmo necessário descartável risos de cobrança
e lágrimas de distração sobre o que é minimamente
maximizado para chamar e expulsar toda nenhuma atenção.
Tire rápido suas palavras que não tem das nossas bocas.
Ontem a minha sua farsa era preenchida por alegria engarrafada,
E hoje a poesia é tinta escorrida sobre palavras ocas.

Vieira Hartmann

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Dos movimentos imperceptíveis da areia

Em um quando nas horas, longe já hoje, por apertar os olhos demasiadamente forte, confundiu-se tons de cinza e azul enquanto não sentia cheiro de aurora. Passaram-se beijos ácidos, olhos multicoloridos e sentidos vagos. Tudo enquanto sentado em um carrossel de um parque abandonado. Ali, onde o tempo é imóvel enquanto gira somente o mundo ao seu redor. As cores? As cores não se reagruparam, mas enxerga vida em preto e branco onde um tema esquecido faz questão de atormentar. Os números mudaram, talvez o oceano também tenha mudado, o que de nada importa quando o carrossel só faz contornar a ilusão de um ponteiro inerte.


Vieira Hartmann