sábado, 13 de dezembro de 2008

Por teu sorriso e um copo d’água

Por teu sorriso
E um copo d’água
Faço quase qualquer coisa
(Quase)
Faço-lhe versos
Imersos em profunda frieza
Como se fosse mero espectador
Faço-lhe carinhos
Mordo a carne suculenta
E não me delicio com seu sabor
Só com a textura me satisfaço
Mergulho profundo no raso
Cavo pedras
Quase qualquer coisa
Lhe dou metade de mim
ou até mais
quando sinto sede
não sei bem do que sou capaz
não me dou por inteiro
nem deixo de sorrir
mas por seu sorriso
e um copo d’água
quase

Vieira Hartmann

Nenhum comentário:

Postar um comentário