Como caco de vidro
Corta minha carne
A dor indescritível
E contida, nunca arde
E não provoca alardes
Que seriamos nós?
Se fossemos só gritos
só suor, só metades
juntando, somando
o tempo todo?
todo o tempo sem impasse
sem pausa,
sem qualquer descarte
não descartamos
pois somos fracos
somos menos um
divididos em dois
disfarçando insignificâncias
somos cacos no chão
que jamais cataremos
pela vergonha de não nos amarmos
Rodrigo Hellmuth
Quem sou eu
sábado, 13 de dezembro de 2008
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