sábado, 13 de dezembro de 2008

Exílio


Onde a voz é quieta
Noite onde
Cada dama é plena
Lá por onde andam
Luxúria e calma
De mãos dadas
Onde respira-se
Cada centímetro cúbico
Com a certeza de não ser ar
Lá desando
Reencontro
Com quem já não sou
Lá desabo e levanto
Elegante e rápido
Ascendo
Como a pena que voa
Na mais leve brisa
Depois de brutalmente arrancada
Lá esqueço
E me lembro
Por que por muito por lá ando
Pois lá cá estou
Lá, não cá

Rodrigo Hellmuth

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