terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Dos movimentos imperceptíveis da areia

Em um quando nas horas, longe já hoje, por apertar os olhos demasiadamente forte, confundiu-se tons de cinza e azul enquanto não sentia cheiro de aurora. Passaram-se beijos ácidos, olhos multicoloridos e sentidos vagos. Tudo enquanto sentado em um carrossel de um parque abandonado. Ali, onde o tempo é imóvel enquanto gira somente o mundo ao seu redor. As cores? As cores não se reagruparam, mas enxerga vida em preto e branco onde um tema esquecido faz questão de atormentar. Os números mudaram, talvez o oceano também tenha mudado, o que de nada importa quando o carrossel só faz contornar a ilusão de um ponteiro inerte.


Vieira Hartmann