Procuro meus dias nas minhas noites
inacabadas. Nos cantos da casa, nas
caixas de papelão amassadas. Nos
ocasos e alvoradas do lustre da sala.
Recebo meus dias em imagens soturnas,
deformações noturnas nos sonhos diários,
e quase sempre diurnos. Procuro na noite
a nau da tarde perdida, e sorrio pra lua.
Me movo como o peão no xadrez, esgueirando
sempre avante, vislumbrando a diagonal e
um final que me faria forte. Mas sempre chego
nesses longos corredores de paredes ocas,
procurando os dias em vigilantes noitadas,
e só os acho em poemas: nos viveiros das mágoas.
Vieira Hartmann
Quem sou eu
quinta-feira, 23 de abril de 2009
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Olá, obrigada pelo comentário no meu blog. :)
ResponderExcluirGostei do seu, voltarei por aqui.
Um bom feriado.
:D