Quando curvam-se aos pés de falsas majestades,
quando o átrio, que não passa de um quarto
um pouco mais arrumado, está cheio de falsa
solenidade, é que enxergo minha falta de coerência.
Emprego minhas palavras por pena, meu desenho
disforme é qualquer sentimento alheio a ela, minha
falsa inspiração é minha falta de bom senso,
meu ombro amigo, meu pescoço impede a cabeça tocar.
Mesmo assim luto bravamente contra meus
invisíveis inimigos, caminho na contramão de um
horizonte claro, fingindo reger do escuro a multidão.
Brindo ao desagradável para agradar quem brinda.
Atrás de mim, minha casa continua a desmoronar
enquanto, insistentemente, eu varro o tapete de boas vindas.
Vieira Hartmann
Quem sou eu
quarta-feira, 15 de abril de 2009
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o melhor de todos
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