quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Se finjo que te amo,
É por que finjo ser teu?
Te amo mais por fingires que finge
Que desconfias do que não sabes,
Te amo por ser meu
O teu amor que não me deu,
Te amo por ser rasa
Qualquer explicação profunda
Do teu amor. Te amo com palavra
Corpo e solidão, e encharco minhas
Pálpebras com o curso do rio de teu
Ventre.

Ainda serás minha hoje a noite,
E no alvorecer do eternamente.

Vieira Hartmann

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