(inspirado na Ode à Alegria de Schiller, poema musicado por Beethoven na Nona Sinfonia)
“Ó, amigos, mudemos de tom!
Entoemos algo mais prazeroso
E mais alegre!...”
... o som desloca-se ao longo
E ele para longe
Como um close para o fim
Chega ao começo sua vida,
Ó, Irmão da filha do Elíseo!,
Bardo solto que navega.
Muitos dizem que em nenhum lugar mora
Mas ele é vivo onde passa
E sempre sabe bem quando está em casa.
O som aumenta
Seus pensamentos no mar cessam
Enquanto percebe na tônica um novo naipe
Um arranjo invejável...
- Uma coca antes do embarque?
Esquecesse de sua irmã,
E mesmo com uma luz vespertina
Tentando rigorosamente luzir pelo sorriso
Ele não deixa de perceber que já é noite...
“...Quem já conseguiu o maior tesouro
De ser o amigo de um amigo,
Quem já conquistou uma mulher amável...”
Ouve as últimas notas da nona
Ri pra si mesmo com esforço
Para seguir alegremente
-“Como o herói diante da vitória”-
Enquanto atravessa as portas da ala de embarque.
Responde sem pensar ao segurança
e nem sabe se pensou ou no que respondeu
5 minutos depois.
O tempo malicioso finge passar lento
Mas mais astuto ele percebe que a sinfonia acabou...
- Acabou?
Mais uma fez ri sozinho
Dessa vez endereça a natureza tal feito,
Agradece os beijos e vinho
E os amigos leais até a morte.
É privilegiado pelo céu estrelado,
Que no vidro somado ao seu reflexo
Desenha-o sob as estrelas...
E então, finalmente percebe que está em casa,
Pois lá, solto sob as estrelas
É onde ele mora.
Vieira Hartmann
Quem sou eu
terça-feira, 1 de setembro de 2009
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