quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O Abismo

Mijo no bidê! Escarro na pia da cozinha!
Desconstruo o que é real sobre o
Realismo inoportuno das horas e
Grito meu anseio largo em silêncio.

Sofro de um mal de raiz vermelha.
Mal de acinzentados olhos que só
Olham para dentro. E o futuro me da
Vertigem como se escalasse um abismo

Com frutos nas pedras, ninhos vigiados
Por aves de rapina, lagartos que
Piscam as membranas pra focar galhos

Ao invés de me focar, mais um cervo,
Diminuído pelo só privilégio de ser
Tão vivo quanto tudo no abismo.

Vieira Hartmann

Nenhum comentário:

Postar um comentário