Olhou para o espelho e
ordenou: quebra-te!,
mas nada aconteceu.
Retornou ao espelho,
quis convencer-se que
não se chamava mais
aquilo que sempre a
chamaram,
mas não se convenceu.
Voltou a noite e relutou
para acreditar: o espelho
intacto e mais límpido que
nunca mostrava-lhe, de
forma cristalina, que era
outra,
mas que nunca amanheceu.
De manhã correu pro
armário, pegou suas
roupas, que não a vestiam:
olhou pro espelho, vestiu
suas roupas e seu nome
de guerra, que seus pais
escolheram, e como tinha
que sair, trabalhar e viver:
adormeceu.
Vieira Hartmann
Quem sou eu
quarta-feira, 13 de maio de 2009
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