Fóbicos olhos
que enxergam distorção
em ondas não pulsantes,
ondas que nem ondas são.
Sinto cede, pouco fome.
Me engano com a refração,
na mensagem de mercúrio
minha febre se anuncia
e mais vermelho fica,
de vermelho que é o sol.
O termômetro reverbera
raios, como se olhares
lançasse contra.
Fere meus olhos
e implode uma fobia
super nova.
Vieira Hartmann
Quem sou eu
quinta-feira, 5 de março de 2009
terça-feira, 3 de março de 2009
Simples
Simplesmente
olhava a pintura
feita em mármore
com tinta esmalte,
cotonetes
e pano de malha.
Fazia-se bonita simplesmente
com esmalte,
cotonetes
e pano de malha.
Definia-se de forma simples
muito aquém de qualquer expectativa,
sorria fácil.
Caminhava nos longos corredores
do labirinto - que era seu jogo -
já sabendo o caminho certo e o errado,
por saber os dois,
simplesmente caminhava
sem planejar.
Seus olhos o atraiam,
eram hipnotizantes.
Ele,
mais maduro,
mais culto,
sabia quase tudo
que era certo ou errado.
Tudo em vão,
já que continuava inerte
fixado nos olhos dela,
latejantes,
levemente úmidos
e coloridos com perfeição.
Enquanto, com perfeição
ludibriava-o zombeteira
caminhando leve no longo labirinto,
sorrindo e dissimulando
seu propósito casual.
Ele, ficava aos poucos para trás
desnorteado, não sabia bem
o que o ocorrera.
Em que errou?
Não percebia
que ela não o enganara
somente em seu labirinto,
ou em seus olhos
(que fingiam apreciar a
pintura, quando na verdade
aproveitavam o reflexo
do verniz),
ou no esmalte,
cotonete e pano de malha,
ou com sua forma
simples.
Não percebia
que ela o enganara
por enganá-lo...
simplesmente.
Vieira Hartmann
olhava a pintura
feita em mármore
com tinta esmalte,
cotonetes
e pano de malha.
Fazia-se bonita simplesmente
com esmalte,
cotonetes
e pano de malha.
Definia-se de forma simples
muito aquém de qualquer expectativa,
sorria fácil.
Caminhava nos longos corredores
do labirinto - que era seu jogo -
já sabendo o caminho certo e o errado,
por saber os dois,
simplesmente caminhava
sem planejar.
Seus olhos o atraiam,
eram hipnotizantes.
Ele,
mais maduro,
mais culto,
sabia quase tudo
que era certo ou errado.
Tudo em vão,
já que continuava inerte
fixado nos olhos dela,
latejantes,
levemente úmidos
e coloridos com perfeição.
Enquanto, com perfeição
ludibriava-o zombeteira
caminhando leve no longo labirinto,
sorrindo e dissimulando
seu propósito casual.
Ele, ficava aos poucos para trás
desnorteado, não sabia bem
o que o ocorrera.
Em que errou?
Não percebia
que ela não o enganara
somente em seu labirinto,
ou em seus olhos
(que fingiam apreciar a
pintura, quando na verdade
aproveitavam o reflexo
do verniz),
ou no esmalte,
cotonete e pano de malha,
ou com sua forma
simples.
Não percebia
que ela o enganara
por enganá-lo...
simplesmente.
Vieira Hartmann
Assinar:
Postagens (Atom)